24 de abril de 2009

Inês-plicável

Numa de tropeçar
Acabou que caiu
Caiu em mim
Com mãos de lenda
Nos braços a maior vista tempestade

Disse querer algo que não se pode ter
E eu então-portanto,
Tampouco,
Posso dar.

Noutra de partir se foi
Tanto faz, só se foi
E sem despedida.

Foi?
Foi.

21 de abril de 2009

Mais um tango, e outro trago

Me leve, mas não assim, só pela mão
Pois agora beibe, pra fazer, sobra pouco
Perodeixa, deixa de e pra todo-tanto acaso
Arrisco, sorrio, finjo, ouso dizer que vá
E digo mesmo, pois que suma!
Que voe, talvez volte
De propósito
Insisto um tanto faz
Pra hoje ainda aguento
Mais um tango, e outro trago
Embora amanhã?
Sim, embora, amanhã eu morro.

18 de abril de 2009

E a noite insiste

Por trás do copo
Vejo que lutam
Uma dançarina
O Papa
E um porco cor-de-rosa

9 de abril de 2009



A janela e os desencontros


A vida é, na verdade, a arte de endurecer.

Que venham os desencontros, todos, até de uma vez, pois em casa de malandro vagabundo não põe a cara na janela.

Puto, fica com a janela pra você.