10 de agosto de 2009

Será?

O que será verdade neste mundo de mentiras?
Será que o amor é de verdade, quando só existe mentiras?
Será que o amor é de mentira, quando só existe verdades?
Será que o amor é verdade e mentira?
Ou será essa mistura a verdade do amor.
Será que amar é soltar, quando a vontade é prender?
Ou será prender quando a vontade é soltar?
O amor é prisão ou ilusão?
Prisão é a ilusão do amor?
Ou amor é a prisão do amor?
O amor preso não consegue viver,
O amor solto consegue amar?


Por Alcione dos Santos Fernandes Costa
A Ordem dos Templários – Legião Urbana

Tum Tum
Panum ni
Pananim
Num num

Tum Tum
Panum ni
Pananim
Num num

Tum Tum Tum
Fraaaaannnnn!!!!!


(Fan fan fim)
Tum Tum pá
(fan fan fim)

Tunana
tunana

Pim pim
Pinin
Num nanan

Pim pom pim pom pan pan

Pum pim pim pom pom pom
Pim pom pum pã
Pin nim nam nam nammmm nam
Nem nem nem na...

Pim
Pum pim pim pom pom pom
Pum pim pim pom pom pom
Pan
Pan
Pim
Pim




Pom



Pim


Tan tan

Pimpompimpom

(repetir 3 x)

6 de agosto de 2009

Entre janelas num fim de tarde de chuva

Após muito tempo tornou àquele lugar, e nesse exato momento contemplava, de um jeito um tanto irônico, a chuva que caía. No fundo procurava esquecer seus problemas e buscar uma quietude natural ao meio. Era agradável assistir a chuva, ainda que longe de casa, mas sentia muita falta de certas coisas que não tinha posse e tampouco podia dominar como algo palpável. Lidava com suas emoções mais profundas, aqueles que aparecia confinada no seu íntimo e que, nos últimos tempos era extremamente fácil de lidar.
Já não tinha paciência para certas coisas, de modo que, o que lhe restava era somente um desprezo involuntário por tudo aquilo estabelecido. Não se configurava em nenhum momento naquilo posto como natural, ou naturalizante. Achava ainda que era necessário romper com tudo aquilo, a partir do próprio meio, com as ferramantas fornecidas e que seriam, naquele momento, as únicas disponíveis. Escrever era uma delas.
Saiu da sala quando a chuva já engrossava, as gotas de chuva pareciam mais pesadas. Não o sentia porque prefiriu sentar e continuar a observar, desejando, mais do que qualquer coisa, um mp3 e um cigarro. Aquela visão do cinza lhe atraía, sobretudo os tons de branco, ou quieto. O branco tem essa poder, inspira paz, inspira o silêncio, inspira tudo aquilo que buscava de algum jeito. Via uma mensagem naquilo tudo, um lembrete ao que viera e buscava. Tem algum objetivo em mente, de um jeito de tentar chegar ao ponto comum.
Voltando à chuva, sentia que essa quietude era uma das poucas coisas que faziam as pessoas pararem, ou pelo menos tentando fazer parar. As vezes trágicamente, a chuva era antes água e a água quando represada adquire uma força incrível quando enfim livre. Besteira, já tinham escrito isso muitas vezes, essa metáfora da água era por demais manjada, clichê, palha. No fundo, o que desejava com aquela chuva, vendo aquela chuva, era a certeza, um tanto idealizada, de conseguir ir aonde queria, quando queria. Naquele momento ouviu os pássaros, quero-queros. Pensou nesses animais que territorialmente se defendem. Mas que podiam ir aonde queriam, talvez até voavam. Males da modernidade: o virtual é mais palpável ao nosso cotidiano do que o simples fato de perceber o que se passa na natureza ao redor.
Nesse momento concluiu, satisfeito, que tinha a incrível capacidade daqueles dias assolados pela cegueira da visão, do excesso de luz que cega implacavelmente e que nos impede de perceber o que se passa ao redor. De repente, as luzes se acenderam, e o tom de cinza do céu de chuva dava lugar ao azul escuro da noite. Tentativas de lusco-fusco em pleno inverno inter-tropical. E permaneceu, ainda perplexo, com a bizarra conclusão de que não precisava, naquele momento, daquelas coisas que mais desejava.