1 de setembro de 2010

O novo (?)

Um dia, com fome, pediu uma pizza. Sim, estava na rua, achou um lugar, entrou. Estranhamente, já estivera ali, ou não. Não sabia. Pediu uma pizza, queria uma pizza.
O lugar estava lotado, inverno e uma lareira. Uma pizza. Chama o garçom:
- A carta, por favor.
- Pois não, senhor.
Olha os sabores, enquanto pessoas comiam. Umas apressadas , outras não. Olhava. Escolhia, e nada. Nenhum sabor lhe agradava. Escolhia, e nada. Por fim se decidiu, um rodízio.
Sozinho, uma pizza, frio, inverno e uma lareira. E a duas quadras da Rua do Banho, E uma pizza calabreza. E a pizza veio. O garçom corta um pedaço e coloca no seu prato. Calabreza.
- Algo para beber, senhor?
- Por hora não, obrigado.
Come um pedaço, come outro, outras vem e vão. Se satisfaz e chega nas doces, chocolate com morango. Se serve e come. O silêncio do burburinho é o seu segredo, e sua fuga. Come. Pega o azeite de oliva e coloca na pizza. Nesse momento o restaurante inteiro silencia e passa a lhe olhar. Do nada. ele percebe, olha para o prato, olha para todos , se serve de um pedaço. E come.

E uma explosão de gritos de felicidade irrompe o lugar. O novo aconteceu.