Um dia, com fome, pediu uma pizza. Sim, estava na rua, achou um lugar, entrou. Estranhamente, já estivera ali, ou não. Não sabia. Pediu uma pizza, queria uma pizza.
O lugar estava lotado, inverno e uma lareira. Uma pizza. Chama o garçom:
- A carta, por favor.
- Pois não, senhor.
Olha os sabores, enquanto pessoas comiam. Umas apressadas , outras não. Olhava. Escolhia, e nada. Nenhum sabor lhe agradava. Escolhia, e nada. Por fim se decidiu, um rodízio.
Sozinho, uma pizza, frio, inverno e uma lareira. E a duas quadras da Rua do Banho, E uma pizza calabreza. E a pizza veio. O garçom corta um pedaço e coloca no seu prato. Calabreza.
- Algo para beber, senhor?
- Por hora não, obrigado.
Come um pedaço, come outro, outras vem e vão. Se satisfaz e chega nas doces, chocolate com morango. Se serve e come. O silêncio do burburinho é o seu segredo, e sua fuga. Come. Pega o azeite de oliva e coloca na pizza. Nesse momento o restaurante inteiro silencia e passa a lhe olhar. Do nada. ele percebe, olha para o prato, olha para todos , se serve de um pedaço. E come.
E uma explosão de gritos de felicidade irrompe o lugar. O novo aconteceu.
1 de setembro de 2010
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