Nessa tarde ele não foi a aula. Ao contrário, já sabia que o lhe aguardava e por isso não subiu. Mas o que ele tão somente encontraria? Não seria um problema de fato, se isso não fosse a solução. Encontrou um velho amigo, que não via há muito. E ao conversar, descobriu que nada mais sabia de suas angústias do que aquelas partilhadas por outros e que nada mais sabia de suas angústias partilhadas por outros e que absolutamente nada fazia do ponto de vista prático. “Nem tudo são rosas”, pensou ele diante da afirmação desolada do amigo. O tempo se encarregou de levar as virtudes mais nobres, mas não só ele. Os tempos mudaram, esse mundo que não permite mais utopias. Hoje, se um sonho existe ele é passível de crença, do contrário é mais um devaneio moderno, uma loucura motivada pelo inconsciente coletivo. E o amigo continuou:
- O lance é que todo mundo é amigo do Rei, é a Távola Redonda.
Aqueles que outrora combatiam e defendiam seus ideais, hoje procuram defender seu próprio nariz, viajar e arrotar miséria. Não faz mais sentido, o idealismo morreu. Entrar pra História e usar camisa do Che Guevara virou símbolo daqueles que fazem a luta revolucionária... Ah, conta outra! A essência é mais profunda do que isso, não tá na imagem, não tá na fala, não tá nas ações, está no pensamento!
Ninguém precisa ser do jeito que tem que ser, ou mudar, mas só não pode se esquecer quem é ou de onde é! Essa é a verdadeira essência por aqui. Acumulações são inúteis, estamos de passagem, só nos resta nosso legado, nosso próprio legado...
14 de novembro de 2008
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