11 de dezembro de 2008

Hoje quero tudo que hoje pode me dar.

Hoje quero tudo que
hoje pode me dar

hoje quero a noite,
as bruxas voando em vassouras
versos pequenos e secos de poções
com cenouras,fábulas, tomates,
e
mais água no meu feijão

hoje crio a cobra que
me envenena.
que me faz doer

E eu grito,
até pelo simples motivo de gritar,
de rachar. eu me abro.

(um pequeno espetáculo de me ver por dentro,pela garganta,
o que há atrás do meu sino)

hoje, ao mesmo tempo,
crio a cobra que me cura.

Hoje eu não quero
nada mais que
vinho, chocolate e
motel.

não, não quero
figas por mim.

hoje quero ter a possibilidade
de morrer

e não querer.

Nenhum comentário:

Postar um comentário